Meu melhor amigo não é seu, pt. 1
- autorwudsonjr
- 12 de jan. de 2024
- 23 min de leitura
Atualizado: 28 de ago. de 2024

Conto erótico - Duologia Amigos - Parte 1
Completar dezoito anos não era nada demais. Eu não tinha tamanho para um adolescente de dezoito anos, nem feições que faziam jus, parecia estar no auge de meus quatorze anos de idade, esperando a montanha de espinhas – que já haviam aparecido há muito tempo – aparecer, ainda gostava de usar blusas com estampa de super-heróis e a maioria de meus cadernos da faculdade eram da Toy Story. Eu deveria me sentir... adulto? Responsável?
Olhei-me mais à fundo no espelho e comecei a tocar em meu rosto procurando por qualquer lugar que indicasse “um ano mais velho”, mas não encontrei nada. Torci o lábio e procurei meu perfume preferido em minha penteadeira. Tinha um cheiro de flores, mas não era tão doce, ao mesmo tempo. Era fortemente suave. Passei-o com cuidado e, quando estava pronto para deixar meu quarto, meu melhor amigo entrou.
Ele estava bonito, a academia o fazia realmente bem. Antes do interesse por esportes, ele era magro como eu, mas agora estava forte e másculo, esbanjando seus vinte anos. Seu rosto sem barba e seus cabelos escuros penteados para trás o deixavam ainda mais bonito. Ele sorriu para mim.
— Está bonito — aproximou-se ainda mais e colocou a mão em meu ombro. — Um ano mais velho, hein, vovô?
Soltei uma risada breve e virei-me em sua direção.
— Vovô o quê, garoto? Você é mais velho que eu, esqueceu? — Debochei bagunçando seu cabelo perfeitamente arrumado.
Ele se afastou com um pulo e me lançou um olhar mortal, então avançou em mim, empurrando-me para longe.
— Sabe quanto tempo eu levei para arrumar? — Indagou, irritado.
— Sei, eu geralmente costumo gritar para você liberar o banheiro de manhã quando você vem dormir aqui, mas você está ocupado demais arrumando seu precioso cabelo, sabe? — Lancei um sorriso de sarcasmo e me virei novamente em direção ao espelho.
Ele avançou em mim por trás e bagunçou meu cabelo também, mas eu apenas sorri apreciando o resultado. Gostava mais de meus cabelos bagunçados do que arrumados.
— Obrigado, Azeite de Oliva — sorri e ele rosnou para mim.
Ele odiava quando o chamava de Azeite de Oliva. Seu nome era Oliver Antonelli, e ele odiava esse apelido. Já havíamos brigado muito por causa disso, mas ele nunca conseguiu fazer com que eu parasse. Era simplesmente engraçado demais ver como ele ficava com raiva depois que eu o chamava assim: suas narinas ficavam dilatadas e seus olhos escureciam de ódio, ele ficava em posição de ataque. Me amedrontava, mesmo sabendo que ele nunca levantaria o punho para mim.
Virei-me novamente para ele e observei seu rosto atenciosamente. Seus olhos castanhos escuros, seu nariz e queixo finos eram encantadores. Gostava de fazer brincadeiras sobre seu nariz, dizendo que era grande demais, e ele odiava isso, mas eu fazia do mesmo jeito. Olhei para seus lábios róseos por um tempo e balancei a cabeça negativamente ao ver uma mancha de pasta de dente no canto de sua boca.
— Vem cá — pedi bufando.
— O que foi? — Ele perguntou com os olhos brilhando e se aproximou lentamente.
— Você ainda não aprendeu, não é? — Perguntei assim que ele estava perto o suficiente para eu tocá-lo.
Puxei-o pela camisa, passei o polegar na ponta de minha língua e depois no canto do seu lábio, esfregando lentamente até a mancha desaparecer. Ele respirou mais fundo, mas não se afastou até que eu permitisse.
— Obrigado — murmurou depois de um tempo.
— Você me deve um carro — sorri para ele, passando a ponta de meu polegar por sua bochecha macia.
— Você nem pode dirigir ainda, imbecil! — Ele riu se afastando um pouco.
Queria pedir para que ele se aproximasse novamente, para que eu sentisse o calor de seu corpo novamente, mas fiquei calado e me contive com um sorriso.
— Volta aqui, seu idiota! Deixa eu arrumar seu cabelo — pedi. Ele chegou mais perto, sorrindo para mim.
Passei meus dedos por seus fios lisos e ele fechou os olhos, aprovando. Seu cabelo era seu ponto fraco, ele adorava um carinho. Todas as vezes em que ele estava chateado comigo ou com qualquer outra coisa, eu fazia carinho em seu cabelo e ele se acalmava quase que imediatamente. Era minha arma secreta e tinha certeza que só eu sabia disso. Sorri e penteei-o com meus dedos, jogando-o para trás suavemente. Ele pareceu ronronar com meu toque, afastando-se apenas quando satisfeito de carinho.
— Obrigado, Samy — sorriu.
Samy era o curto de Samuel, um nome bíblico pelo qual minha mãe era fascinada.
— Por nada, Azeite — comecei a rir ao vê-lo fechar a cara.
— Que caralho mesmo, vamos logo antes que eu te dê umas palmadas, moleque!
Estávamos a caminho de um restaurante legal. Era meu aniversário e ele tinha vindo me visitar principalmente por causa disso. Ele estava na faculdade em outra cidade, mas de vez em quando vinha me visitar. Quando meus pais morreram, ele já estava lá e quis que eu também fosse morar com ele, mas acabei ficando com minha tia. Ele ainda era menor de idade e estava estudando, então eu seria só mais uma responsabilidade. Preferi ficar.
Minha tia acenou para nós e nos mandou ter juízo, apenas sorri para ela e entrei no carro, apertando o cinto. Ele gostava de velocidade e sempre morri de medo de sair com ele dirigindo.
— Pode ir devagar dessa vez, por favor? — Pedi carinhosamente. — Será meu presente de aniversário.
Ele riu e revirou os olhos, mas não atendeu meu pedido. Quando acreditei que estávamos perto de chegar no restaurante, ele parou em frente a uma grande casa de dois andares, e dela saiu uma mulher que não devia ter vinte anos e muito bonita. Oliver saiu do carro com um pulo e foi em sua direção, pegando-a nos braços e a beijando. Ali, na minha frente.
Segurei as bordas de meu assento com força, olhando.
Eles se separaram, deram as mãos e caminharam na direção do carro. Ele parou na frente da minha janela e se inclinou para me olhar, sorrindo.
— Venha aqui fora, quero que conheça uma pessoa.
Saí do carro aos tropeços, engolindo minha saliva desajeitadamente. Estava estranho, minha barriga parecia estar queimando e a ponta de meus dedos estava gelada. Estava suando frio e tudo pareceu piorar ainda mais quando a mulher me abraçou. Forte.
— Meu nome é Lee Min, sou a namorada do Oliver — ela disse.
— Namorada? — Perguntei de repente. Comecei a tossir e senti as mãos fortes de meu melhor amigo batendo delicadamente em minhas costas. — Desculpa... — pedi depois de um tempo. — Meu nome é Samy, prazer em conhecê-la!
— É ótimo ver que estão se conhecendo — ele disse com um sorriso enorme nos lábios. — Vamos?
Todos concordamos e fiz menção em voltar para meu lugar, porém ele me barrou para pedir que eu sentasse no banco traseiro. Torci o lábio e concordei. Quando todos estávamos no carro, Oliver começou a tentar começar um assunto, mas eu não estava nenhum pouco afim. Principalmente quando sabia que teríamos companhia em minha comemoração. Por que ele havia feito aquilo se sabia que, depois que meus pais morreram, era tradição comemorarmos nossos aniversários juntos, só nós dois?
— Seu amigo é uma pessoa maravilhosa, Samy — ela falou de repente. — Nem acredito que ele é meu namorado.
Abri a boca assim que a pergunta que mais me perturbava foi formulada em meu cérebro. Ignorei, de certa forma, o modo como se referiu a ele como uma posse sua.
— Como se conheceram? — Perguntei, curioso.
Ela sorriu e se virou para mim, pareceu bem alegre ao contar que havia o conhecido pela internet.
No mais tardar, Oliver pediu licença antes de descer do carro para acompanhar Lee Min até a porta de sua casa. Eles pararam na entrada e ficaram conversando e trocando confidencialidades, depois engataram em uma série de beijos e apertos desnecessários, o que me fez intervir com um soco na buzina para assustá-los. Oliver se despediu dela e correu de volta, afivelando o cinto e pronto para dar partida. Antes, ele virou para além do banco de motorista e me ofereceu um olhar confuso.
— Por que você não está no banco aqui da frente?
— Prefiro a morte — respondi, rígido, olhando Lee Min fechar a porta depois de nos encarar por um bom tempo.
— Por que está assim? — Ele largou o cinto e se virou completamente para me olhar. — Esteve estranho durante todo o almoço. Não conversou, não sorriu, nem mesmo comeu direito. Você não é assim.
Ele não iria falar sobre o fato de que havia levado sua namorada desnecessária e possessiva para minha festa de aniversário? Tudo bem, eu também não iria.
— Acho que as pessoas mudam com a idade — dei de ombros.
— Você não estava assim pela manhã — rebateu. Sua expressão entregava sua indignação com minha hostilidade.
— Mudanças são rápidas. Talvez não tenha percebido — retruquei cruzando os braços, desviando o olhar para a paisagem através da janela novamente para colocar um ponto final naquela conversa.
Oliver não respondeu mais. Através do reflexo do espelho retrovisor, notei sua feição tristonha e confusa. Não me importei.
Quando chegamos em casa, pulei para fora do carro e corri para dentro, oferecendo um “oi” brusco para minha tia antes de disparar pela escada em direção ao meu quarto. Não entrei, entretanto, fiquei no corredor e esperei ouvir a conversa de Oliver e minha tia.
— O que aconteceu? Parece triste — observou. Ela era psicóloga. — Samy também não me pareceu feliz.
— Ele está estranho — Oliver a respondeu, sua voz tinha um tom cansado. — Não quis falar comigo durante toda a viagem de volta. Levei-o para conhecer Lee Min, achei que seria uma boa ideia.
Aproximei-me um pouco mais das escadas e sentei-me em um dos degraus, observando-o jogando-se no sofá ao lado dela de uma maneira largada. Ele se curvou e esfregou os olhos antes de bufar e coçar a barba em inquietação.
— Ele gostou de sua namorada? — Ela perguntou depois de algum tempo, largando seu livro de Psicologia Analítica para dá-lo total atenção.
— Não sei — respondeu. — Ele pareceu gostar, mas você sabe como ele é. Samy tem essa habilidade incrível de parecer tudo e nada ao mesmo tempo, o que me deixa doido. Além do mais, eu odeio vê-lo desse jeito. Dirigi oito horas seguidas para fazer uma surpresa e agora sinto como se tivesse sido em vão. Irei voltar amanhã, para completar, e não quero partir com meu melhor amigo com raiva de mim.
Sua fala me fez suspirar. Ele estava se esforçando para me dar um dia bom e uma comemoração de aniversário, disso eu tinha certeza. Havia cometido um grande erro no caminho, claro, contudo, isso não desfazia suas ações amáveis e carinhosas para mim.
Levantei apressadamente assim que eles acabaram a conversa, percebendo que havia me desligado completamente do que estava acontecendo para focar em minhas próprias divagações. Entrei no quarto em frente ao meu, observando pela fresta quando Oliver adentrou o corredor e se posicionou bem na frente de minha porta. Seu punho subiu para bater, mas ele se conteve no final e começou a sussurrar baixinho.
— Ele não gosta de ser interrompido nesses momentos, acho melhor deixá-lo sozinho por um tempo — murmurou. — Porra! — Rosnou. — Fazer a coisa certa me tira a paciência às vezes.
Ele se virou e seguiu até o final do corredor, entrando em seu quarto sem fechar a porta. Saí em seguida, seguindo seus passos na ponta dos pés. Não queria fazer barulho, pois poderia entregar que não estava em meu quarto, de fato. Estava curioso por suas ações. Além do mais, estava pensando se deveria ou não o chamar para assistir um filme para garantir que a paz havia sido selada entre nós. Tudo bem se estivesse namorando, era sua vida. Aquilo me doía, mas não podia fazer nada no final das contas.
Observei pela fresta de sua porta e engoli em seco, gelando ao vê-lo de costas para mim terminando de remover a camisa. Suas costas eram grandes e largas, repletas de músculos tensos. Ele alongou os braços e os músculos ficaram ainda mais em evidência. Ele apanhou o celular em cima da cama assim que recebeu uma mensagem. Como sempre teve o costume de levantar o celular numa altura suficiente para que não precisasse curvar o pescoço, pude ver à distância que Lee Min havia-lhe enviado uma foto sem roupas, sorrindo provocativa. Oliver soltou um risinho e respondeu-a com algo que fui incapaz de ler, depois abriu o navegador e pesquisou por algo, bloqueou a tela e jogou-o novamente na cama. Ouvi o barulho de seu zíper sendo puxado para baixo e pensei seriamente em me afastar para dá-lo privacidade, mas meus olhos continuaram presos em cada movimento que fizera. Ele desceu a calça jeans, jogando-a para longe, depois removeu sua boxer vermelha para exibir toda sua nudez.
Oliver era um deus, um deus musculoso e sexy. Suas coxas eram grossas e malhadas, seu bumbum era redondo e firme, tão branco quanto o resto de seu corpo. Ele era esplendoroso, uma montanha de quase dois metros de puro músculo rígido e pele suave.
Ele jogou os cabelos para trás e suspirou pesadamente antes de pegar sua toalha e caminhar para dentro do banheiro. Não fechou a porta, novamente. Assim que escutei o barulho do chuveiro, adentrei em seu quarto e apanhei seu celular na surdina. Sabia que sua senha é a data de meu aniversário, digitei-a e a tela acendeu bem na foto de Lee Min pelada. Fiz uma careta e pulei para a tela inicial, escolhendo o ícone da galeria para selecionar as fotos que sabia que ele havia tirado de mim quando pensava que eu não estava percebendo, enviei-as para meu celular e soltei o dele antes de ouvir o término de seu banho. Fui rápido em realizar minha missão, contudo, não o suficiente para fugir sem que ele percebesse.
— Samy, oi — sua voz soou rouca quando ele atravessou o banheiro e me encarou.
Virei-me em sua direção com uma expressão de quem foi pego no flagra e acenei para ele. Minha boca se abriu quando vislumbrei seu corpo de frente. Seu peito era largo e liso, não tinha um pelo sequer, conectava-se aos seus ombros de uma maneira suave e perfeita. Seu abdômen era marcado por músculos acentuados e molhados pela água do banho, o que o fez mais sexy. Sua linha da pélvis era proeminente e bem marcada, com uma pequena linha de pelos que iniciava de seu umbigo e sumia escondida pela toalha. De repente, senti curiosidade em saber o que o pano escondia. Meu rosto esquentou com o pensamento.
— O que deseja? — Perguntou usando outra toalha para enxugar o cabelo.
— Eu? — Soltei um risinho desconfiado, desviando o olhar para a porta de saída antes de respondê-lo: — Nada. Já estava de saída.
— Espere! — Ouvi seu pedido assim que me virei para sair. — Fique aqui, fale comigo.
— Não estou com vontade — respondi tremendo, virando-me para encará-lo.
Ele colocou a toalha que enxugava os cabelos no gancho preso à porta e deixou a que envolvia seus quadris cair no chão, revelando sua nudez. Quase engasguei ao ver a trilha fina de pelos prosseguindo até sua virilha, onde seu pau adormecido se encontrava. Era grande. Além disso, suas bolas pareciam pesadas apenas olhando-as. Ele caminhou até o guarda-roupas e apanhou uma cueca boxer preta, alheio aos meus olhares descarados por todo o seu corpo. Nunca havia lhe visto nu, nunca mesmo. Vê-lo havia sido uma baita surpresa, uma que ainda estava ponderando ser ruim ou não.
— Deite-se comigo hoje, por favor — ele pediu sentando-se na ponta da cama. — Faz tempo que não dormimos juntos.
Observei suas coxas musculosas e admirei como ele ficava sexy sentado com as pernas abertas apenas de cueca. Era uma visão deliciosa.
Meio sem jeito, concordei com seu pedido e me sentei ao seu lado, porém distante o suficiente para não começar a suar por estar tão próximo de seu corpo gigante. Ele riu e se aproximou o resto do caminho até mim, envolvendo meu corpo com um braço para me puxar para mais perto. Engoli uma exclamação, quase sentado em seu colo, e fiquei tenso quando ele se inclinou para beijar minha nuca carinhosamente.
— Você é o meu melhor amigo — afirmou após beijar meu ombro. — Não gosto quando fica com raiva de mim.
— Eu não sou de porcelana — respondi-o com as bochechas vermelhas.
— Você sempre gostou de fingir, no entanto — deu de ombros. — Diga-me por que está com raiva de mim.
— Não — neguei. — Seu peito está maior e mais duro do que no ano passado — comentei assim que me escorei contra ele. Era acolhedor, apesar da superfície rudimentar.
— Tenho frequentado bastante a academia, mas isso não importa — ele envolveu um pouco mais meu corpo, até me ter completamente sentado em seu colo, depois colocou o queixo em meu ombro de uma maneira quase infantil. — Me diz o porquê de estar com raiva de mim.
— Não vou — afirmei resoluto. Ele não precisava saber, não quando o assunto era mais meu do que dele.
Como iria dizer que estava com raiva porque havia ficado com ciúmes de seu relacionamento? Pior: como iria explicá-lo que não o queria com ninguém além de mim? Soava doentio – para outros, apaixonado, mas para mim completamente doentio. Ele não era um objeto, não podia tê-lo, muito menos controlá-lo. Por essa e por outras razões envolvendo minha vergonha na cara, resolvi permanecer calado.
— Conta! — Seus dedos começaram a deslizar por minha barriga, fazendo cócegas.
— Não! — Gritei, explodindo numa onda de risos descontrolada.
Ele me jogou de costas contra a cama e subiu em mim, pondo uma perna em cada lado de meu quadril para me cobrir de cócegas, beliscões e muitas risadas. Debati-me, tentando empurrá-lo em busca de ar e liberdade, mas ele só ficou ainda mais incisivo e travesso. Espalmei minhas mãos contra seu peito, sentindo a firmeza dos músculos e corei violentamente, adicionando um tom a mais de carmesim para minhas bochechas. Ele percebeu, pois, seu sorriso se desfez numa expressão de pura curiosidade, assim como seus dedos se acalmaram e o quarto fadou-se num silêncio desconcertante.
— O que foi? — Perguntei após notar seu olhar fixo em meu rosto.
— Tinha esquecido de como seu sorriso é bonito — revelou com um sorriso pequeno no canto dos lábios. — Quando você sorri, seus olhos se transformam em linhas suaves. Sua gargalhada é encantadora.
Engoli em seco ao sentir seu volume avantajado raspando contra minha barriga e me desesperei, virando-me com tudo para ficar de barriga para baixo rápido o suficiente para esconder minha súbita ereção. Aquilo não podia estar acontecendo, devia ser um sonho de mal gosto. Oliver havia acabado de me elogiar e o simples toque de seu pau coberto pelo tecido suave de sua cueca havia eriçado cada pelo existente em meu corpo. Pego em surpresa, ele pôs as mãos no final de minhas costas, agarrando as extremidades de minha cintura para se firmar e não cair. Tremi quando percebi que, no desespero, havia o feito sentar bem em cima de minha bunda. Perplexo, senti quando seu pacote raspou contra o tecido de minha bermuda. Um guincho escapou de sua boca e ele se afastou com um pulo, pedindo desculpas apressadamente.
Assim que minha ereção se desfez, virei-me e encarei seus olhos atônitos e o rubor em suas bochechas. Ele parecia desconcertado e ofegante.
— Você está bem? — Perguntei assustado.
Enquanto ele não respondia, aproveitei para me desfazer de minhas roupas até ficar apenas de cueca. Tentei não transparecer, mas percebi que ele observava cada movimento meu, desde a remoção de minha camisa até o deslize de minha bermuda para o chão. Ele analisou meu corpo por inteiro, da cabeça aos pés, como se estivesse em uma espécie de transe, depois clareou a garganta, esfregou a barba rala e apontou com um movimento de cabeça para o cobertor junto aos travesseiros.
— Cubra-se, está fazendo frio.
Concordei, puxando o cobertor assim que me deitei completamente. Ele caminhou até o interruptor e apagou as luzes, acendi a do abajur ao lado e observei-o se movimentando na penumbra. Ele deslizou a mão pela cueca e segurou o pau como se estivesse tentando se conter, entrando no banheiro e retornando após um momento. Ele subiu na cama e puxou um pouco do cobertor para ele, aconchegando-se um pouco distante de meu corpo. Estranhei e me aproximei, espalmando a mão em seu peito para me aconchegar contra ele e fechar os olhos para dormir.
Durante um bom tempo, o quarto permaneceu em silêncio, até que ele o quebrou.
— Você cresceu, Samy — disse.
— Você também, Oliver — murmurei contente com seu calor e suavidade.
— Não falo no quesito de idade ou força.... Você, hm, cresceu bastante... — murmurou rouco.
Sua mão começou a fazer um carinho pela extensão de minhas costas por debaixo da coberta.
— O que está querendo dizer? — Seguindo-o, comecei a delinear as curvas dos músculos de seu abdômen com a ponta de meu indicador. Senti seus músculos se retesarem e relaxarem contra meu toque e mordi o lábio, achando o movimento incrivelmente sexy.
— Você não parece mais a criança que era quando me mudei — explicou. — Está, definitivamente... — ele se remexeu, aparentemente desconfortável. — ...Maior.
— Oh! — Sorri. — Obrigado? Ainda bem que não tenho mais aquela cara de bebê. Crescer não é tão ruim.
— É... — Ele suspirou. — Estou começando a sentir saudades de quando você era um adolescente e não um adulto.
— Por que?
Seu corpo inteiro tencionou.
— Era mais fácil — respondeu.
Meu indicador desceu pela linha central de seu abdômen, aventureiro, até o cós de sua cueca e tornou a subir até seu peito, cercando um mamilo, depois o outro, então descendo novamente para refazer o mesmo trajeto.
— Não estou entendendo — não estava mentindo, estava mais confuso do que jamais imaginei estar.
Também estava quente, muito quente.
— Era mais fácil resistir aos meus instintos — disse. — Aos meus desejos.
Ele agarrou minha mão e puxou-a mais para baixo, envolvendo-a ao redor de seu pau ereto por cima da cueca. Ofeguei ao ouvir um pequeno suspiro escapar de sua boca e, curioso e quente, comecei a apalpá-lo sem esperar por permissão. Pisquei rapidamente para ver se não estava em mais um sonho erótico traiçoeiro e, ao constatar que não estava, de fato, senti uma onda de arrepios preencher minhas veias com adrenalina. Através da pouca luz, observei quando Oliver se virou para me olhar com os olhos brilhantes perdidos. Parecia que, ao mesmo tempo que estava tentando recusar tudo o que estava acontecendo, estava totalmente tentado a permitir tudo o que eu quisesse fazer. Segurei-o com mais força, envolvendo a base grossa apenas para vê-lo sugar uma boa dose de ar e morder os lábios.
— Você sabe do que estou falando — murmurou quase sem fôlego. — Faça o que quiser comigo.
— Isso está mesmo acontecendo? Não estou em um sonho? — Perguntei temeroso, todavia extremamente excitado. O pensamento de que havia um homem de quase dois metros com músculos perfeitos e monstruosos dividindo a cama comigo, à minha mercê, parecia demais para minha cabeça assimilar.
— Não está, Samy. — Ele afirmou. — Acho que cheguei no limite do meu controle. Estou aqui e tudo o que penso em fazer é te dar prazer.
Levantei-me lentamente, sentando-me sobre meus joelhos para afastar o cobertor de cima dele, revelando cada centímetro de seu peitoral e abdômen deliciosos e marcados de músculos duros. Encarei sua expressão entregue e deslizei minha mão por toda a extensão de sua pele até agarrar o cós de sua cueca. Ele balançou a cabeça numa confirmação silenciosa e levantou os quadris para permitir que eu a removesse por completo. Encarei seu pau duro, grande e grosso, desperto de seu sono, e segurei-o pela base com firmeza. Oliver chiou.
— O que pretende fazer? — Perguntou curioso.
A forma como ele estava deixando com que eu conduzisse a cena me pareceu demais para meu pobre coração. Endureci com suas palavras e com a visão esplêndida de seu corpo, pulsando ao ver sua expressão safada e concentrada em cada coisa que eu chegasse a fazer. A pouca luz era apenas um adendo ao clima quente, agridoce, em que estávamos. Ele se inclinou para a frente e agarrou meus cotovelos, puxando-me para cima de seu corpo, depois enganchou as mãos em minhas coxas e esperou ansiosamente por alguma resposta minha.
— Toque-me, Samy — pediu. — Deixe algo para que eu me lembre quando estiver retornando para a faculdade.
Tentado por suas palavras, abaixei o torso e dei um beijo casto em seu peito apenas para sentir a textura macia, todavia, firme, de seus músculos contraídos e relaxados. Ele suspirou em aprovação. Embalado por seus murmúrios velados, tracei uma rota para a esquerda e abocanhei seu mamilo, sugando-o levemente para deixar uma mordida terna no bico. Seu abdômen contraiu abaixo de mim, um som parecido com um rosnado escapou de sua boca. Tremi e aqueci com sua resposta quase que imediatamente, subindo para o pescoço para gastar toda a minha atenção sobre ele. Lambi sua pele, provando o gosto salgado de seu suor misturado com o cheiro do sabonete. Lambi seu queixo, porém me detive ao me aproximar demais de seus lábios. Não tinha certeza, mas algo me dizia que eles eram zona proibida.
— Por que parou? — Indagou após perceber minha hesitação.
— Não sei se devo.
— Me beijar? — Seu cenho franziu. — Samy, você pode fazer o que quiser, tem minha permissão.
— Mesmo assim — dei de ombros, baixando o rosto para evitar seu olhar. De repente, sentia-me envergonhado.
Ele segurou ambos os lados de meu rosto e o levantou para deixar um beijo suave em minha testa, descendo por meu nariz, beijando a ponta, para, por fim, deixar uma lambida em meus lábios necessitados. Gemi incapaz de controlar a atitude responsiva de meu corpo ao me contrair quase que completamente, relaxando assim que sua boca encaixou sobre a minha e nossos lábios se movimentam eroticamente. Seu beijo era terno e quente, no início, mas depois começou a ferver e sua língua invadiu minha boca, surpreendendo-me. Ele rosnou, agarrou minhas coxas com mais precisão e investiu sua pélvis contra minha bunda com um movimento forte de quadril. Foi forte o suficiente para me fazer pular, mas ele me segurou no lugar antes que algum desastre acontecesse.
Nos afastamos apenas para que eu pudesse empurrá-lo deitado contra a cama. Inclinei-me, envolvi seu rosto com ambas as mãos e voltei a beijá-lo com volúpia enquanto ele raspava seu pau contra o tecido de minha cueca. Ele segurou o cós e o rasgou, arrancando-a em questão de segundos, depois riu de minha expressão impressionada e assustada, ao mesmo tempo. Oliver era forte, disso eu já sabia..., mas sua violência sensual era algo que estava provando pela primeira vez e a sensação era extasiante. Como resposta, cravei as unhas contra seu peito e voltei a beijá-lo, mordendo seu lábio e gemendo seu nome.
Subitamente, ele me agarrou pela cintura e trocou nossas posições, colocando-me por baixo de seu corpo enorme e musculoso. Ofeguei em surpresa, envolvendo seu pescoço com os braços quando minhas pernas abriram para acolher seu corpo entre elas. Ele murmurou em apreciação e começou a beijar meu pescoço, descendo uma trilha de beijos por meu torso até minha pélvis, lambeu meu pau gotejante e soprou contra minhas bolas antes e beijar meu ponto sensível.
— Oliver... — suspirei seu nome como resposta imediata ao prazer, agarrando os fios de seu cabelo para sentir, ao menos, que estava com um pouco do controle do que estava acontecendo.
Ele rosnou como se estivesse provando a coisa que sempre havia sonhado em provar e afastou mais minhas coxas, enfiando sua língua o mais profundo possível para me tirar o ar e me fazer gemer longamente. Puxei seu cabelo, massageando-o em seguida. Seus olhos e nariz vermelho eram tudo o que podia ver, pois sua boca estava enterrada em minha entrada necessitada. Ele gemeu e se afastou para enfiar o indicador, soltando um chiado ao observar o dedo ser engolido. Encantado, ele me encarou e sorriu minimamente, dando um beijo em minhas bolas antes de retornar a me beijar onde eu mais queria. Seu dedo continuava lá, mas movia-se em sincronia com sua língua habilidosa.
Fraco por seus beijos em meu ponto, revirei os olhos e estremeci em jatos de gozo e satisfação, tremendo assim que percebi que ele não iria parar. Ao invés disso, levantou-se sobre os joelhos e pôs meus pés em seus ombros firmes, depois começou a roçar a cabeça de seu pau em minha entrada com uma expressão safada. Ele me encarou e eu concordei sem fôlego, gemendo ao senti-lo me penetrando lentamente, clamando por espaço e acolhimento em meio aos meus músculos.
— Você é quente e acolhedor, Samy, está me deixando louco — ofegou dando um beijo em meu pé esquerdo. — A visão que tenho é de tirar o fôlego. Seus braços jogados para trás, seu rosto vermelhinho, os olhos brilhantes, os lábios entreabertos, sem conter gemidos, o torso brilhante pelo seu próprio gozo..., não sei se vou aguentar por bastante tempo.
Abri a boca num gemido quando ele se enfiou por inteiro e jogou a cabeça para trás. Os músculos de seu abdômen se contraíram e depois relaxaram numa visão poderosa e desnorteadora.
— Mova-se — peço com a voz falha. — Você está me fazendo sentir tão bem...
Ele rosnou e se afastou, depois investiu pesado contra mim e me afundou no colchão numa série de estocadas intensas e brutais. Senti que estava prestes a quebrar em milhões de cacos de prazer. As palavras sujas que deixavam sua boca apenas adicionavam às sensações e construíam um calor que nascia de dentro para fora em meu ventre, estendendo-se por minhas veias e músculos até chegar em meu peito, esquentando-o. Gritei quando ele acertou meu ponto G e senti que podia chorar com a sensação gostosa que aquilo me proporcionava. Ele pareceu perceber, pois acertou-o diversas e diversas vezes ao ponto de minhas pernas se contorcerem e minhas costas arquejarem contra o colchão.
Agarrei os cabelos de sua nuca e voltei a beijá-lo com ânsia, esperando fosse o suficiente para acalentar a vontade de gritar que arranhava minha garganta. Fui surpreendido quando ele afastou minhas pernas e deslizou para meu lado na cama sem sair de mim, começando a mover-se de lado, com os lábios quentes beijando a pele de meu ombro enquanto murmurava coisas desconexas e deliciosas de se ouvir. Agarrei a parte de trás de seu pescoço de costas para ele e gemi quando seu peito tonificado se chocou contra minhas costas, juntando e roçando nossas peles quentes e suadas num atrito prazeroso.
— Lembre-se de como fazemos amor, meu bem — murmurou contra meu ouvido. — Lembre-se da forma como o toco e o faço tremer. Lembre-se da forma como você me faz tremer e me deixa louco. Você é inacreditável, incrível.
Sufoquei um grito quando seu nome deixou meus lábios e eu explodi, novamente, em jatos de puro amor incontidos. Ele tencionou atrás de mim e enterrou o rosto na curva de meu pescoço, enfiando-se o mais profundo para gozar com força. Senti-me preenchido e feliz, algo que não sentia havia tempos.
— Você me secou. Estou sem mais nada — avisei com um tom carinhoso assim que ele saiu de mim e me puxou para deitar em seu peito.
— Você me drenou, Samy — ele riu. — Meu pau nunca esteve tão duro.
Ambos encaramos seu membro ainda ereto e majestoso brilhante de suor e gozo.
— Ele não parece querer desistir descansar — comentei admirado.
— Ele sonha com isso há um bom tempo — resmungou contente, fazendo um carinho em minhas costas.
Beijei seu queixo e me inclinei para beijar seus lábios calmamente, suspirando quando a constatação do que havia acontecido chegou como um raio em minha cabeça. Iluminou todos os meus sentidos.
— Quer ir tomar um banho comigo? — Perguntou com os olhos brilhantes de excitação.
Encarei seu pau grosso e duro.
— Quero.
No dia seguinte, ajudei-o a levar as malas para o carro e observei enquanto ele se despedia de minha tia com um sorriso nostálgico e um abraço apertado. Prometeu-a voltar no verão. Após ela sair, corri para ele e pulei em seu colo, envolvendo minhas pernas ao redor de seu quadril e seu pescoço com meus braços. Funguei em seu pescoço, tímido e triste.
— Não quero que vá embora — disse com a voz embargada.
— Samy... — ele suspirou, abraçando-me com força. — Não quero ir, mas preciso.
— Eu te amo — funguei. — Você me ama.
— Amo. — Afirmou.
Mordi um soluço.
— Pessoas que se amam não deviam se separar — afirmei. — A dor que estou sentindo está forte demais e você ainda nem foi embora. Há tantas coisas que ainda não fizemos ou experimentamos...
— Não me faça pensar sobre isso, meu Samy — sua voz ficou rouca e instável, denunciando que estava tão afetado quanto eu. — Não quero deixá-lo.
Afastei-me e encarei-o com a vista embaçada pelas lágrimas. Ele capturou uma que escorregou por minha bochecha com o polegar e me deu um rápido selinho, depois sorriu com os olhos brilhantes de emoção e fungou também.
— Leve-me com você — ofereci de repente.
Sua expressão tornou-se confusa imediatamente, ele pareceu ponderar sobre o assunto.
— Não é uma boa escolha. Eu moro em uma fraternidade e o espaço pode ser pequeno demais para você.
— Tenho economias, meus pais deixaram uma herança que posso usar agora que sou maior de idade, podemos procurar um apartamento aos arredores da universidade. Planejo entrar lá no próximo ano para cursar Literatura Inglesa. Vi extensões verdadeiramente brilhantes pela internet e me interessei bastante.
— Você planeja mesmo? — Seu sorriso de orgulho surgiu e iluminou ainda mais o dia. — Será se está pronto para viver, quase, só num apartamento?
— Quase só?
— Passo a maior parte do dia na universidade.
— Acho que posso me acostumar — beijei seus lábios. — Leve-me com você, por favor!
Ele me pôs no chão e esfregou a barba rala com um ar pensativo. Observei seus músculos retesarem e depois relaxarem assim que pareceu chegar a uma conclusão.
— Você sabe que a tia irá relutar em deixa-lo ir — avisou. — Você pode conversar com ela. Irei subir para fazer suas malas.
Meus olhos se esbugalharam em surpresa.
— Isso é sério? — Gritei.
— Sim — ele riu.
Corri para dentro de casa e pulei sobre minha tia para contar as novidades. Ela pareceu cética ao ouvi-las, porém, após um tempo, deu-me a permissão de ir – com a singela exceção de visitá-la, pelo menos, uma vez a cada mudança de estação. Prometi-a isso e corri para ajudar Oliver a arrumar minhas malas. Não pude me conter e acabei o chupando contra meu guarda-roupas, mas, no fim da tarde, já estávamos nos arrumando para uma longa viagem.
Antes de deixarmos a cidade, pedi-o para que traçasse um pequeno trajeto. Paramos em frente à casa de Lee Min e não tardei a socar a buzina do carro até vê-la abrindo a porta da frente com uma expressão confusa. Oliver havia me explicado que não eram namorados de verdade, pois havia falado poucas vezes com ela e não queria vinculo algum.
— Ei! — Gritei, assustando-a. — Meu melhor amigo é meu, não seu!
Gargalhei e gritei apressado para Oliver pisar fundo no acelerador. Quando viramos a esquina e retornamos ao trajeto em direção à saída da pequena cidade, afivelei meu cinto e me acomodei no assento macio.
— Ele é uma boa pessoa — disse Oliver, ainda risonho da cena que eu havia criado.
Bufei, inclinando-me para dar um beijo em sua bochecha.
— Ela é uma vaca.
Querem a parte 2? Deixem nos comentários!
ainnnn que perfeição, caraaaaaaaa ♥️♥️♥️♥️♥️♥️
Lendo agoraaa, vamo vê, tenho certeza que vou gosta pq o Ju arrasa demais!!!
CACETE EU AMEII... QUERO PARTE 2
Como pode o Júnior ser um gênio até mesmo nessas histórias? 🛐
Sim